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19 de julho de 2005

Harry Potter... O Príncipe do Mal???

Este fim-de-semana foi lançado o novo livro do Harry Potter, embora a tradução em português só nos chegue em Outubro. No entanto não é disso que quero aqui falar. Este é um “post” de atónito espanto, resultado de uma reportagem que a CNN colocou no ar no passado Sábado, respeitante a um conjunto de “pessoas” que têm algumas “reservas” quanto aos conteúdos dos livros de J. K. Rowling. Literalmente, aqueles senhores e senhoras, rasgavam e queimavam os livros dizendo, de bíblia na mão, que tais livros estavam empestados de feitiçaria, magia negra e outras coisas mais, não sendo por isso algo que as crianças e jovens pudessem ler, pois a mensagem transmitida distorceria o seu crescimento mental e espiritual… Acabada a reportagem fiquei uns cinco minutos de olhar perdido e a relembrar tudo o que lera nas histórias do Harry Potter. Imediatamente a seguir comecei a procurar histórias paralelas, que de uma forma ou outra envolvem bruxas, feitiçarias e essas coisas… e elas são inúmeras, desde feitiços de adormecimento a maçãs envenenadas por maléficas bruxas más. Para aquela “gente” o mundo da fantasia é distorcido, maléfico ou será que julgam que basta ser-se bruxo ou feiticeiro para se ser mau? Será que pensam que os “maus” são apenas um grupo estereotipado de pessoas associadas a uma “actividade”, neste caso, e necessariamente bruxos e feiticeiros? As imagens apresentadas na reportagem parecima mais uma versão pós-moderna dos autos-de-fé do passado, ou aqueles acontecimentos passados num gueto judeu de Varsóvia. Isso sim é que distorce a mente das crianças, ver adultos a ter comportamentos daqueles. Como terá sido o Halloween deles? Será que não têm, escondidas algures, fotografias onde estão mascarados de feiticeiros? E o dos filhos, que dirão eles aos seus filhos? Para mim isto é um exemplo de fanatismo, talvez pior que o muçulmano, pois não assenta em valores de qualquer espécie. Trata-se da segregação de tudo quanto é tido por humanidade por meio da emulação pelo fogo. Quem é que imaginou tal coisa e a determinou? Não necessitará de tratamento?

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