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10 de março de 2005

"High-Tech" e "Low-Tech"

Antes de mais peço desculpa pelos estrangeirismos. É que assim fica mais bonito! O Marcos Osório, no post “405. Upgrade da raça do salteador arqueológico” do seu Arqueoblogo, refere o rejuvenescer da actividade “salteadora” dos sítios arqueológicos, agora com recurso à mais alta tecnologia no que diz respeito à sua detecção e dos seus artefactos. Desde essa altura que rumina no meu pensamento esta questão. Apesar de estar regulamentado, será legítimo a um arqueólogo recorrer a este tipo de aparelho nas suas prospecções? E no caso de o ser, qual é a atitude de um arqueólogo quando detecta algo… abre um buraco para ver o que é? Localiza todos os sítios “sensíveis” e a partir daí inicia a escavação? Sinceramente são dúvidas que me assaltam. Se tal aparelho está associado ao salteador, ao usá-lo, mesmo bem intencionado, não estará o arqueólogo a tornar-se num deles? Existem arqueólogos que o usam? São questões para as quais não tenho resposta… apenas sei que nunca usaria tal aparelho! Outra questão de “High-Tech” ou “Low-Tech” é o uso dos recursos informáticos para fazer “terrorismo” electrónico sobre aqueles que o usam como um recurso sério de divulgação e informação. Foi por essa razão que o fórum do IPA fechou, pois foi tal a ruindade que ali se instalou que se tornava impossível a um organismo público mantê-lo. É que sob a máscara de um “apelido”, existem pessoas que se permitem fazer comentários que nem ao diabo lembra… veja-se o que aconteceu no Idanhense, onde o seu dono, ao denunciar (uma irregularidade) um conjunto de situações que lhe foram sensíveis, foi assaltado por uma vaga de comentários no mínimo vergonhosos, tornando-o, quase, no primeiro "lapidado electrónico" da história. Infelizmente cheguei à conclusão que existe gente que vive muito mal com a sua própria vida e vem descarregar as suas frustrações nos outros. Definitivamente o “High-Tech” não é para todos, devendo aqueles que o não sabem usar ficar-se pelo “Low-Tech”.

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